A
independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822,
o que assegurou a emancipação da ex-colônia portuguesa.
D. Pedro foi
aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I,
sendo coroado no dia 1º de dezembro do mesmo ano.
Causas
Foram várias
as causas da Independência do Brasil. No início do século XIX,
a situação do Brasil, do ponto de vista político continuava a mesma do século
anterior.
As
capitanias continuavam subordinadas à autoridade central do vice -rei, que
governava em nome do rei de Portugal.
A situação
econômica era precária. Na agricultura a produção do tabaco e do algodão foram
reduzidas. A cultura canavieira estava em fase de decadência.
A pecuária
se restringia à produção de queijo em Minas Gerais e charque no Rio Grande do
Sul. A mineração apresentava baixo rendimento as jazidas estavam esgotada.
A indústria
não se desenvolvia. O comércio no Brasil era limitado pelas restrições impostas
pelo regime do monopólio. A colônia podia comerciar apenas com a metrópole.
Para
descobrir mais, veja o artigo: Causas da Independência do Brasil.
Independência
do Brasil
A independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822, o que assegurou a emancipação da
ex-colônia portuguesa.
D. Pedro foi
aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no dia 1º de
dezembro do mesmo ano.
A Família
Real no Brasil
No início do
século XIX, a Europa estava inteiramente dominada pelas tropas do imperador dos
franceses Napoleão Bonaparte. O principal inimigo de Napoleão era a Inglaterra,
cuja poderosa armada Napoleão não pode vencer.
Em 1806, o
imperador decretou o Bloqueio Continental que obrigava a todas as
nações da Europa continental a fecharem seus portos ao comércio inglês. Com
isso pretendia-se enfraquecer a Inglaterra.
Nessa época
Portugal era governado pelo Príncipe
Regente D. João. Pressionado por Napoleão, que exigia o fechamento dos
portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as
relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o
assunto.
A Inglaterra
era fornecedora dos produtos manufaturados consumidos em Portugal e também
compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras.
Para
resolver a situação o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a
transferir-se com a Corte para o Brasil. Desse modo os ingleses garantiam o
acesso ao mercado consumidor brasileiro e a família real evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.
No dia 29 de
novembro de 1807 a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil
escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte as tropas francesas
invadiram Lisboa.
No dia 22 de janeiro de 1808 D. João chega a Salvador, onde
tomou a mais importante medida de caráter econômico.
Em 28 de
janeiro expediu a Carta Régia de abertura dos portos do Brasil às
nações amigas de Portugal. Só chegou ao Rio de Janeiro em março do mesmo
ano.
Rapidamente
os produtos ingleses começaram a chegar. Um grande número de firmas inglesas se
instalaram no Brasil.
Em 1810, D.
João assinou o Tratado de Comércio e Navegação. Entre outros atos, este
estabelecia a taxa de 15% sobre a importação de produtos ingleses, enquanto
Portugal pagava 16% e as outras nações 24%.
A indústria
brasileira ficou obrigada a sofrer a concorrência insuportável dos produtos
ingleses.
Em 1815,
após a derrota definitiva de Napoleão, as potências europeias reuniram-se no Congresso
de Viena. O objetivo era restaurar o regime absolutista anterior à Revolução
Francesa.
Para obter o
reconhecimento da dinastia de Bragança e o direito de participar do Congresso,
em 16 de fevereiro de 1815, D. João transformou o Brasil em Reino Unido
de Portugal e Algarves. Era um passo importante para a emancipação
política.
Saiba mais
sobre A Vinda da Família Real para o Brasil.
A
Revolução do Porto
Desde a
vinda da família real para o Brasil, o reino português estava a beira do caos.
Além da grave crise econômica e do descontentamento popular, o sistema político
era marcado pela tirania do comandante inglês, que governava Portugal.
Tudo isso
levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na
cidade do Porto em 24 de agosto de 1820.
A Revolução
Liberal do Porto pretendia: derrubar a administração inglesa,
recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar
uma Constituição.
No dia 7 de
março de 1821, D. João anunciou sua partida, e através de um decreto, atribuía
a D. Pedro a regência do Brasil. No dia 26 de abril de 1821, D. João deixa o
Brasil.
Do Dia do
Fico à Independência
O novo
regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara tinha apenas 23 anos. Varias medidas
das cortes de Lisboa Procuraram diminuir o poder do Príncipe regente e desse
modo por fim a autonomia do Brasil.
A
insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes
de resistência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe
Regente uma petição com 8,000 assinaturas solicitando que não abandonasse o
Brasil.
Cedendo às
pressões D. Pedro respondeu: "Como é para o bem de todos e felicidade
geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico". O Dia do
Fico era mais um passo para a independência do Brasil.
Em algumas
províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não prestigiavam o
governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às
Cortes, tentou obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela
mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de Santana.
Os
acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses,
demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José
Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo.
No mês de
maio, o governo brasileiro estabelecia que qualquer determinação vinda de
Portugal só devia ser acatada com o cumpra-se de D. Pedro.
Na Bahia
desencadeava-se a a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero
as Cortes tomaram medidas radicais:
- declararam ilegítima a
Assembleia Constituinte reunida no Brasil;
- o governo do príncipe foi
declarado ilegal;
- o príncipe deveria regressar
imediatamente a Portugal.
Diante da
atitude da metrópole, o rompimento tornou-se inevitável.
Grito do
Ipiranga: "Independência ou Morte!"
No dia 7
de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga
em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o
transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude
o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal.
Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema
de todos os brasileiros.
No dia 12 de
outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I,
sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.
Dia da
Independência
O Dia da
Independência do Brasil é comemorada todo dia 07 de setembro em comemoração à
data que D. Pedro declara a independência do país.
Que tal
saber sobre o Hino da Independência?
HINO DA INDEPENDÊNCIA
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
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Causas da
Independência do Brasil
Vários fatores causaram a Independência do Brasil. No início do século XVIII, a crise do sistema colonial, deu início
a movimentos que tinham por objetivo libertar o Brasil do domínio português.
Os conflitos
internacionais também aceleraram a luta no Brasil. Como exemplos
temos a Independência dos Estados Unidos (1776), que romperam os
laços coloniais, e a Revolução Francesa (1789) que derrubou o absolutismo.
No Brasil a situação era própria, a superação do pacto colonial interessava
à principal classe dominante que era a aristocracia agrária.
Ela via nisso a possibilidade de se ver livre definitivamente dos monopólios
metropolitanos e da submissão
aos comerciantes portugueses.
A Inconfidência Mineira (1789) foi o primeiro
movimento de tentativa de liberdade colonial. O desenvolvimento da colônia
estava entravado pelos rigores da
política mercantilizada, que impedia qualquer progresso que beneficiasse
a colônia.
Dentre os movimentos precursores da independência do Brasil,
a Conjuração Baiana(1798), foi o que apresentou características mais
populares.
A população de Salvador, basicamente de escravos, negros,
livres, mulatos, brancos pobres e mestiços, viviam em situação de penúria.
Assim, eles pregavam uma sociedade onde não houvesse diferenças sociais.
A Administração de D. João
Em 1807, diante das manobras de Napoleão Bonaparte, o
príncipe regente de Portugal, D. João, se viu obrigado a fugir para o Brasil, o
que provocou uma inversão política: o Brasil que era colônia, passou a ser a
sede do governo português.
No dia 28 de janeiro de 1808, seis dias após sua chegada a
Salvador, foi decretado a abertura dos
portos brasileiros.
O que agradou à aristocracia rural brasileira, que via mais
lucro nas exportações e aquisição de mercadorias manufaturadas a baixo preço.
A abertura dos portos significava o fim do pacto
colonial e podia ser considerada como o primeiro grande passo para a
independência política do Brasil.
Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve. Foi
mais um passo rumo à Independência, pois revelava que D. João pretendia se
fixar no Brasil.
Esse fator provocou descontentamento em Portugal, pois o
Brasil deixaria de ser colônia e tornava-se centro do império português.
Em 1816, com a morte de rainha D. Maria, D. João tornou-se
rei, sendo aclamado D. João VI, mesmo permanecendo no Brasil.
Mais um movimento pela libertação eclodiu com a Revolução
Pernambucana de 1817. Essa luta pela emancipação política do Brasil estava
pautada em diversos fatores:
- A
insatisfação com a cobrança de pesados impostos;
- abusos
administrativos;
- arbitrárias
e opressiva administração militar;
- insatisfação
popular;
- os
ideais nativistas.
Revolução Liberal do Porto
Em 1820, com a Revolução Liberal
do Porto, que tinha por objetivo a autonomia portuguesa e retomar a colonização do Brasil, D. João VI volta para Portugal e atribui a D.
Pedro a regência do Brasil.
Logo, várias medidas pressionaram
o governo de D. Pedro, na tentativa de anular seus poderes político,
administrativo, militar e judicial e forçá-lo a regressar a Portugal.
As notícias repercutiram como uma
declaração de guerra, provocando tumultos e manifestações de desagrado. D.
Pedro foi convidado para ficar, pois sua partida representaria o esfacelamento
do Brasil. O Dia do Fico (1822) era mais um passo para o
rompimento definitivo com Portugal.
Os acontecimentos desencadearam
uma crise no governo e os ministros fieis às Cortes, demitiram-se. O príncipe
formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio.
Ficou estabelecido que qualquer
determinação vinda de Portugal só deveria ser acatada com o cumpra-se de D.
Pedro. O país caminhava para a independência que ocorreu no dia 7 de setembro
de 1822.
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