sexta-feira, 9 de setembro de 2016

HISTÓRIA - Independência do Brasil - Hino da Independência


A independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822, o que assegurou a emancipação da ex-colônia portuguesa.
D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no dia 1º de dezembro do mesmo ano.

Causas
Foram várias as causas da Independência do Brasil. No início do século XIX, a situação do Brasil, do ponto de vista político continuava a mesma do século anterior.
As capitanias continuavam subordinadas à autoridade central do vice -rei, que governava em nome do rei de Portugal.
A situação econômica era precária. Na agricultura a produção do tabaco e do algodão foram reduzidas. A cultura canavieira estava em fase de decadência.
A pecuária se restringia à produção de queijo em Minas Gerais e charque no Rio Grande do Sul. A mineração apresentava baixo rendimento as jazidas estavam esgotada.
A indústria não se desenvolvia. O comércio no Brasil era limitado pelas restrições impostas pelo regime do monopólio. A colônia podia comerciar apenas com a metrópole.
Para descobrir mais, veja o artigo: Causas da Independência do Brasil.

Independência do Brasil
A independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822, o que assegurou a emancipação da ex-colônia portuguesa.
D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no dia 1º de dezembro do mesmo ano.


A Família Real no Brasil
No início do século XIX, a Europa estava inteiramente dominada pelas tropas do imperador dos franceses Napoleão Bonaparte. O principal inimigo de Napoleão era a Inglaterra, cuja poderosa armada Napoleão não pode vencer.
Em 1806, o imperador decretou o Bloqueio Continental que obrigava a todas as nações da Europa continental a fecharem seus portos ao comércio inglês. Com isso pretendia-se enfraquecer a Inglaterra.
Nessa época Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João. Pressionado por Napoleão, que exigia o fechamento dos portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o assunto.
A Inglaterra era fornecedora dos produtos manufaturados consumidos em Portugal e também compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras.
Para resolver a situação o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a transferir-se com a Corte para o Brasil. Desse modo os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro e a família real evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.
No dia 29 de novembro de 1807 a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte as tropas francesas invadiram Lisboa.
No dia 22 de janeiro de 1808 D. João chega a Salvador, onde tomou a mais importante medida de caráter econômico.
Em 28 de janeiro expediu a Carta Régia de abertura dos portos do Brasil às nações amigas de Portugal. Só chegou ao Rio de Janeiro em março do mesmo ano.
Rapidamente os produtos ingleses começaram a chegar. Um grande número de firmas inglesas se instalaram no Brasil.
Em 1810, D. João assinou o Tratado de Comércio e Navegação. Entre outros atos, este estabelecia a taxa de 15% sobre a importação de produtos ingleses, enquanto Portugal pagava 16% e as outras nações 24%.
A indústria brasileira ficou obrigada a sofrer a concorrência insuportável dos produtos ingleses.
Em 1815, após a derrota definitiva de Napoleão, as potências europeias reuniram-se no Congresso de Viena. O objetivo era restaurar o regime absolutista anterior à Revolução Francesa.
Para obter o reconhecimento da dinastia de Bragança e o direito de participar do Congresso, em 16 de fevereiro de 1815, D. João transformou o Brasil em Reino Unido de Portugal e Algarves. Era um passo importante para a emancipação política.
Saiba mais sobre A Vinda da Família Real para o Brasil.

A Revolução do Porto
Desde a vinda da família real para o Brasil, o reino português estava a beira do caos. Além da grave crise econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante inglês, que governava Portugal.
Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do Porto em 24 de agosto de 1820.
Revolução Liberal do Porto pretendia: derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.
No dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida, e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a regência do Brasil. No dia 26 de abril de 1821, D. João deixa o Brasil.

Do Dia do Fico à Independência
O novo regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara tinha apenas 23 anos. Varias medidas das cortes de Lisboa Procuraram diminuir o poder do Príncipe regente e desse modo por fim a autonomia do Brasil.
A insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8,000 assinaturas solicitando que não abandonasse o Brasil.
Cedendo às pressões D. Pedro respondeu: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico". O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.
Em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não prestigiavam o governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de Santana.
Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses, demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo.
No mês de maio, o governo brasileiro estabelecia que qualquer determinação vinda de Portugal só devia ser acatada com o cumpra-se de D. Pedro.
Na Bahia desencadeava-se a a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero as Cortes tomaram medidas radicais:
  • declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil;
  • o governo do príncipe foi declarado ilegal;
  • o príncipe deveria regressar imediatamente a Portugal.
Diante da atitude da metrópole, o rompimento tornou-se inevitável.

Grito do Ipiranga: "Independência ou Morte!"
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes.
Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros.
No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.

Dia da Independência
O Dia da Independência do Brasil é comemorada todo dia 07 de setembro em comemoração à data que D. Pedro declara a independência do país.
Que tal saber sobre o Hino da Independência?

 HINO DA INDEPENDÊNCIA

Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.


Os grilhões que nos forjava

Da perfídia astuto ardil...

Houve mão mais poderosa:

Zombou deles o Brasil.


Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.


Não temais ímpias falanges,

Que apresentam face hostil;

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.


Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.


Parabéns, ó brasileiro,

Já, com garbo varonil,

Do universo entre as nações

Resplandece a do Brasil.


Brava gente brasileira!

Longe vá... temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.




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Causas da Independência do Brasil
Vários fatores causaram a Independência do Brasil. No início do século XVIII, a crise do sistema colonial, deu início a movimentos que tinham por objetivo libertar o Brasil do domínio português.
Os conflitos internacionais também aceleraram a luta no Brasil. Como exemplos temos a Independência dos Estados Unidos (1776), que romperam os laços coloniais, e a Revolução Francesa (1789) que derrubou o absolutismo.
No Brasil a situação era própria, a superação do pacto colonial interessava à principal classe dominante que era a aristocracia agrária.
Ela via nisso a possibilidade de se ver livre definitivamente dos monopólios metropolitanos e da submissão aos comerciantes portugueses.
A Inconfidência Mineira (1789) foi o primeiro movimento de tentativa de liberdade colonial. O desenvolvimento da colônia estava entravado pelos rigores da política mercantilizada, que impedia qualquer progresso que beneficiasse a colônia.
Dentre os movimentos precursores da independência do Brasil, a Conjuração Baiana(1798), foi o que apresentou características mais populares.
A população de Salvador, basicamente de escravos, negros, livres, mulatos, brancos pobres e mestiços, viviam em situação de penúria. Assim, eles pregavam uma sociedade onde não houvesse diferenças sociais.

A Administração de D. João
Em 1807, diante das manobras de Napoleão Bonaparte, o príncipe regente de Portugal, D. João, se viu obrigado a fugir para o Brasil, o que provocou uma inversão política: o Brasil que era colônia, passou a ser a sede do governo português.
No dia 28 de janeiro de 1808, seis dias após sua chegada a Salvador, foi decretado a abertura dos portos brasileiros.
O que agradou à aristocracia rural brasileira, que via mais lucro nas exportações e aquisição de mercadorias manufaturadas a baixo preço.
A abertura dos portos significava o fim do pacto colonial e podia ser considerada como o primeiro grande passo para a independência política do Brasil.
Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve. Foi mais um passo rumo à Independência, pois revelava que D. João pretendia se fixar no Brasil.
Esse fator provocou descontentamento em Portugal, pois o Brasil deixaria de ser colônia e tornava-se centro do império português.
Em 1816, com a morte de rainha D. Maria, D. João tornou-se rei, sendo aclamado D. João VI, mesmo permanecendo no Brasil.
Mais um movimento pela libertação eclodiu com a Revolução Pernambucana de 1817. Essa luta pela emancipação política do Brasil estava pautada em diversos fatores:
  • A insatisfação com a cobrança de pesados impostos;
  • abusos administrativos;
  • arbitrárias e opressiva administração militar;
  • insatisfação popular;
  • os ideais nativistas.

Revolução Liberal do Porto

Em 1820, com a Revolução Liberal do Porto, que tinha por objetivo a autonomia portuguesa e retomar a colonização do Brasil, D. João VI volta para Portugal e atribui a D. Pedro a regência do Brasil.
Logo, várias medidas pressionaram o governo de D. Pedro, na tentativa de anular seus poderes político, administrativo, militar e judicial e forçá-lo a regressar a Portugal.
As notícias repercutiram como uma declaração de guerra, provocando tumultos e manifestações de desagrado. D. Pedro foi convidado para ficar, pois sua partida representaria o esfacelamento do Brasil. O Dia do Fico (1822) era mais um passo para o rompimento definitivo com Portugal.
Os acontecimentos desencadearam uma crise no governo e os ministros fieis às Cortes, demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio.
Ficou estabelecido que qualquer determinação vinda de Portugal só deveria ser acatada com o cumpra-se de D. Pedro. O país caminhava para a independência que ocorreu no dia 7 de setembro de 1822. 

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